hoje ouvi a transparência do sopro que percorre o meu corpo.
senti o deslizar da sua vontade; o toque suave da densidade que me faz existir
hoje li as conversas que povoam o meu sangue. as perguntas que me constroem; as respostas que me diferenciam
hoje saboreei o o porquê da minha carne
encontrei-me com os meus medos, envolvi-me na robustez das dúvidas
hoje olhei para a invisibilidade do eu. esperei pelo penetrar da sua voz na sede da minha pele
hoje senti a eternidade